ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA MADALENA
GABINETE DO PREFEITO
LEI MUNICIPAL N° 2136 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018.
EMENTA: DISPÕE SOBRE A INSTITUIÇÃO DODIA DA CULTURA” E DA CRIAÇÃO DA MEDALHA
“MÉRITO CULTURAL – ATRIZ DERCY GONÇALVES”, NO MUNICÍPIO DE SANTA
MARIA MADALENA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO MUNICIPAL DE SANTA MARIA MADALENA NO USO DE
SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS FAZ SABER QUE A CÂMARA APROVOU E
ELE SANCIONA A SEGUINTE
LEI MUNICIPAL:
Art. - Fica instituído no município de Santa Maria Madalena o DIA MUNICIPAL DA CULTURA”, a ser
comemorado, anualmente, no dia 23 de junho.
Art. 2º - Fica criada a Medalha de Mérito Cultural “atriz DERCY GONÇALVES”.
Art. - O DIA MUNICIPAL DA CULTURA em Santa Maria Madalena será comemorado,
preferencialmente, no dia 23 de junho, sendo que a mudança de data quando tiver de ocorrer será em
razão de facilitar à referida comemoração pelas pessoas e segmentos envolvidos.
Art. 4º - A comemoração do DIA MUNICIPAL DA CULTURA poderá compreender o desenvolvimento de
atividades que possam ser realizadas também além do dia 23 de junho, que as mesmas poderão ser
realizadas em dias antecedentes e/ou posteriores ao mencionado dia.
Art. 5º - A programação pela comemoração do DIA MUNICIPAL DA CULTURA em Santa Maria Madalena
compreenderá, entre outras, com as seguintes atividades:
- Exposições, palestras, concursos de redações, pinturas, fotografias, gincanas, sessão solene na
Câmara Municipal, passeios, visitas culturais, oficinas e apresentações de danças, teatro, musicais e
filmes.
Art. - A programação anual com as atividades a serem desenvolvidas em comemoração ao DIA
MUNICIPAL DA CULTURA em Santa Maria Madalena poderá ser elaborada e desenvolvida em parceria
entre o poder público e a sociedade civil organizada.
Parágrafo único: As Secretarias municipais de educação, esporte e cultura e a de turismo e lazer ficarão
encarregadas de promover as tratativas necessárias buscando a cooperação e participação, dentre
outras, de entidades e instituições como: Casa da Cultura Professor Francisco Portugal Neves,
Associação Pró Cultura de Santa Maria Madalena, Associação de Amigos do Museu Dercy Gonçalves,
Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Santa Maria Madalena, Sala do Empreendedor de
Santa Maria Madalena, Colégio Estadual Barão de Santa Maria Madalena, unidades escolares das redes
pública e privada de Santa Mara Madalena, Associação Le Tireur Fribourgois de Santa Maria Madalena,
Grupo de Teatro Harmonia, Associação Sociocultural e Ambiental de Triunfo (ASCAT), Sociedade Musical
Euterpe Madalenense, Clube Montanhês, Associação de Moradores do Bairro Parque Itaporanga, Liga
Madalenense de Desportos, Loja Maçônica Madalena 16, Clube de Leões de Santa Maria Madalena,
Instituto Prolabor de Santa Maria Madalena, Madalena Campestre Clube, Escola de Samba Mocidade
Independente do Itaporanga e Escola de Samba Grêmio Recreativo Unidos de Madalena, para que
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mobilizadas possam estar participando ativamente na promoção e realização das atividades de que trata
esta Lei.
Art.7º - A Medalha de Mérito Cultural “atriz Dercy Gonçalves” destina-se a homenagear personalidades
que tenham efetivamente prestado relevantes serviços ao desenvolvimento artístico e cultural em âmbito
municipal, estadual e/ou nacional.
Art. - A referida medalha será entregue, preferencialmente, no dia 23 de junho, data que assinala o
nascimento da imortal artista madalenense Dercy Gonçalves.
Parágrafo 1º - A Medalha de Mérito Cultural “atriz Dercy Gonçalves” será entregue, anualmente, em
sessão solene a ser realizada na Câmara Municipal, como parte das atividades a serem desenvolvidas
em comemoração pelo DIA MUNICIPAL DA CULTURA em Santa Maria Madalena.
Parágrafo - A personalidade a ser agraciada com a referida medalha dependerá de aprovação da
Câmara Municipal a partir de indicação de algum membro do Poder Legislativo ou do Prefeito Municipal.
Art. - A Medalha será confeccionada em material metálico prata resinado, em formato redondo com
06(seis) centímetros de diâmetro, contendo numa das faces a foto da atriz Dercy Gonçalves com a
inscrição “Dercy Gonçalves patrimônio das artes cênicas brasileiras. * 23.06.1907 + 22.07.2008, e na
outra face contendo a inscrição Medalha de Mérito Cultural “atriz Dercy Gonçalves” - Santa Maria
Madalena/RJ, a qual será acompanhada de fita com 02 cm (dois centímetros) de largura na cor azul
marinho e com 50 cm (cinquenta centímetros) de comprimento.
Art. 10 - Juntamente com a Medalha de Mérito Cultural “atriz Dercy Gonçalves” o homenageado receberá
um diploma personalizado com o seu nome contendo o Brasão do município de Santa Maria Madalena, o
título MÉRITO CULTURAL “DERCY GONÇALVES”, e ainda os seguintes dizeres: “A Prefeitura e a
Câmara Municipal de Santa Maria Madalena concedem o presente Diploma a “.....” em reconhecimento
aos seus relevantes serviços prestados à cultura madalenense, podendo essa parte ser substituída por
relevantes serviços prestados à cultura do Estado do Rio de Janeiro estadual ou por relevantes serviços
prestados à cultura nacional.
Art. 11 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua Publicação, fazendo parte integrante do seu conteúdo a
justificativa que acompanha a presente, revogadas as disposições em contrário.
Santa Maria Madalena, 18 de Dezembro de 2018.
CARLOS ALBERTO DE MATOS BOTELHO
Prefeito
*Autoria: Vereador Plínio Lopes
BIO N° 343 DE 16/12/2018 A 31/12/2018
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JUSTIFICATIVA:
A instituição do DIA DA CULTURA em Santa Maria Madalena tem por objetivo
consagrar no calendário de eventos do município uma data destinada a festejar,
comemorar e a homenagear a todos os que de alguma forma contribuem sobremaneira
para a valorização, difusão e incremento da cultura em nosso município e/ou nos demais
entes da federação brasileira.
Nada mais justo que o DIA DA CULTURA no município de Santa Maria Madalena seja
COMEMORADO tendo como parâmetro o dia em que é assinalado o nascimento de uma
das maiores e mais importantes personalidades do mundo artístico nacional brasileiro
atriz Dercy Gonçalves -, nascida neste município em 23 de junho de 1907 e sepultada
também nesta terra do 3º melhor clima do Brasil, em 22 de julho de 2008.
Um município com tantas expressões culturais e que outrora detivera o título de berço da
cultura fluminense precisa fazer constar no seu calendário de eventos uma data destinada
a reverenciar às suas personalidades que são importante referência da nossa sociedade
como artífices do fazer arte e cultura, daí a importância do projeto em referência.
Por uma questão de raciocínio lógico a Medalha Mérito Cultural instituída por esta lei
não poderia ter outro nome que não fosse o da imortal atriz Dercy Gonçalves, em razão
de ter sido a mesma a maior expressão da cultura de Santa Maria Madalena, cuja história
de mais de 80 anos de atividade artística, apesar da sua ausência física em nosso meio,
ainda faz refletir nas artes cênicas brasileiras o tanto de brilho que a sua luz como cida
e artista de primeira grandeza deixou a iluminar os palcos de todo o Brasil.
É de se salientar que esta nossa proposição é resultado de um aperfeiçoamento de uma
sugestão apresentada pelo madalenense Rogério Feijó Botelho que, inicialmente, sugeriu
que fosse feito algo junto aos poderes constituídos deste município e a sociedade civil
organizada objetivando resgatar as comemorações feitas quando dos aniversários de vida
da atriz Dercy Gonçalves, como forma de se manter o seu nome e a sua história vivos em
nosso município e, consequentemente, sendo motivos de atividades que possam
contribuir com o incremento da atividade turística em nossa cidade, que a mesma
continua sendo a mais importante referência de Santa Maria madalena em todo o
território brasileiro.
Foi então a partir dessa sugestão que idealizamos a instituição do presente projeto de Lei
que dispõe sobre o DIA DA CULTURA no município de Santa Maria Madalena e do
Diploma Mérito Cultural “Dercy Gonçalves”, na forma que se encontra explicitado no
aludido projeto.
Para servir de informação aos que ainda não detém conhecimento aprofundado sobre a
vida e obra da saudosa Dercy Gonçalves, reproduzimos aqui uma sucinta biografia da
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atriz, adaptada pelo madalenense Nestor Luiz Cardozo Lopes, Presidente do Museu Dercy
Gonçalves e grande conhecedor da história da nossa eterna grande dama das artes cênicas
brasileiras.
Biografia e Cronologia da atriz Dercy Gonçalves
* Por Nestor Lopes
Dolores Gonçalves Costa nasceu no dia 23 de Junho de 1907 em Santa Maria Madalena
no Estado do Rio, filha de Manoel Gonçalves Costa e de Margarida Gonçalves Costa.
Seu pai era alfaiate e sua mãe era lavadeira. Tinha 09 irmãos e ela era a mais nova. Seus
pais foram felizes durante alguns anos. Dois anos após o seu nascimento apareceu em
Madalena uma mulher de nome Vitória por quem seu pai se apaixonou e sua mãe,
sentindo-se magoada, abandonou o lar e foi trabalhar como empregada doméstica no Rio
de Janeiro, deixando uma empregada cuidando dos filhos. retornou a Madalena em
1912. Em 1917 sua mãe morre. Dolores teve um pouco de carinho da mãe preta, a quem
ela chamava de minha nêga e de sua irmã Bita.
Dolores Costa se alfabetizou num colégio público dirigido por D. Ruth Pitombo e sua
primeira professora foi D. Oneida Pinheiro, falecida em 10 de julho de 1999, em
Madalena. Depois disso, aos 10 anos, por ser uma criança muito levada, seu pai tirou-a da
Escola e não pode estudar mais.
Aos 13 anos ficou noiva de um rapaz chamado Luiz Pontes, pelo qual se apaixonou
perdidamente e continua hoje aos 92 anos dizendo, sem hesitar, que ele foi o maior amor
de sua vida.
A família do rapaz, para que ele não se cassasse com ela, convenceu-o a trabalhar em
Assis - São Paulo. Aos 16 anos ela terminou o noivado pois o rapaz não mais apareceu
aqui. Então, ela foi trabalhar na bilheteria do Cine Ideal de propriedade do Sr. José Simão
Bechara.
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Aos 17 anos, chegou em Madalena a Companhia de Teatro de Maria Castro. Foi assistir o
espetáculo e viu surgir a sua vocação "O Teatro". Num belo dia viu que Eugênio Pascoal,
ator e cantor, subia a rua direita; correu para casa e começou a cantar com o objetivo de
que sua linda voz fosse ouvida pelos integrantes da Companhia que ali passavam.
Começou a cantar Malandrinha e os integrantes pararam defronte a sua casa a fim de
ouvir a sua voz. Quando Companhia partiu, ela foi embora com eles. Seu pai não
aceitando a decisão tomada por ela, foi atrás, apanhou-a e trazendo-a de volta a
Madalena, colocou-a no Hotel Brasil, porque ela ainda tinha 17 anos e não mais poderia
ficar em casa com os outros irmãos por ter fugido.
Em 1928, Dolores completa 21 anos e é ajudada por sua irmã Cecília que lhe deu dois
mil réis, dinheiro certo para ir embora de Madalena para Conceição de Macabu a procura
da Companhia de Maria Castro. Encontra Eugênio Pascoal que aconselha Maria Castro a
ficar com Dolores.
Em 1929, Dolores Costa Bastos estréia em Leopoldina, Minas Gerais, na Companhia
Maria Castro, fazendo o dueto com Eugênio Pascoal.
Em 1930, forma com Pascoal a dupla "Os Pascoalinos", viajam pelo interior do Rio de
Janeiro, Minas Gerais e São Paulo realizando espetáculos juntos, pois decidiram largar a
Companhia de Maria Castro. Muda seu nome para Dercy Gonçalves e começam a
integrar a Companhia Ambulantes.
Em 1932, entra para o elenco da Casa de Caboclo, no Teatro São José, no Rio de Janeiro,
onde participa dos espetáculos: Minha Terra - do Maestro J. Aimberê; Quequé Qué Casá;
Gente de Fora, de Duque e de Chocolate; Viva as Muié e as Pastorinhas, de Duque,
Jararaca e Ratinho.
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Em 1933, na Casa de Caboclo participa de Carnaval no Sertão de Freire Junior, Micróbio
do Carnaval de Duque, Salada de Caboclo de vários autores, Casa de Caboclo e Alma de
Caboclo de João do Rego Bastos e Promessa de Ari Kerner. No final deste mesmo ano,
conheceu Ademar Martins um homem muito rico, corretor de café que se encanta por ela.
Ela havia contraído tuberculose e voltou a Madalena para se curar da doença e daqui foi
para Santos Dumont, onde ficou curada.
Em 1934, participa da peça Foi seu Cabral, de Freire Junior e Coisinha Boa de Viriato
Correia. Neste mesmo ano no dia 24 de Dezembro nascia Decimar fruto da amizade com
Ademar.
De 1936 a 1940 apresenta-se em circos, cabarés e espetáculos "gênero livre", fazendo
principalmente imitações dos grandes astros radiofônicos (Carmem Miranda, Orlando
Silva, Moreira da Silva).
Em 1941, encenava a peça Rumo a Berlim de Freire Junior e Walter Pinto, e Passo de
Ganso de Freire Junior. Em 31 de Dezembro deste ano casa-se com Danilo Bastos.
Em 1943, estreia no cinema com Samba em Berlim de Luiz de Barros, e Rei Momo na
Guerra de Freire Junior e Assis Valente.
Em 1944, estreia a Barca da Cantareira e Momo na Fila de Geisa Bôscoli e Luiz Peixoto.
Neste mesmo ano apresenta-se no Cassino Icaraí, num show com Grande Otelo, e atua no
filme Abacaxi Azul de J. Ruy Costa.
Em 1945, apresenta a peça "Bonde da Laite" de Geisa Bôscoli e Luiz Peixoto, e "Canta
Brasil" de Luiz Peixoto, Geisa Bôscoli e Paulo Orlando.
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Em 1946, apresenta a peça "Fogo no Pandeiro", de Cardoso de Menezes e J. Maiá; "Jogo
Franco", de Freire Junior e Luís Iglésias. Neste mesmo ano trabalha no filme "Caídos do
Céu" de Luís (Lulu) de Barros.
Em 1947, apresenta as peças "Sinho do Bonfim" , "Deixa Falar" e "Posso Entrar nessa
Marmita ?" , de Luiz Peixoto e Geisa Bôscoli; "Mulher Infernal", de José Wanderley e
Renato Alvim e "Que Medo, Ó", de Luiz Peixoto, Saint Clair Senna e Olavo Barros.
Em 1948, encena com Esse Que Eu Vou !" , de Paulo Orlando e Manoel Paradela;
"Tem Gato na Tuba", de Walter Pinto e Freire Junior; "Sabe o Que É Isso ?", Jorge
Murad, Paulo Orlando e Humberto Cunha; "Biribá Ai", de Jorge Murad e Humberto
Cunha; "Manda Quem Pode", de Luiz Peixoto e Ar Barroso e "Cara Malfeita" de Manoel
da Nóbrega. Neste mesmo ano viaja a Venezuela.
Em 1949, apresenta "Confete na Boca", de Aristides Basile e Danilo Bastos; "Quero Ver
Isso de Perto", Luiz Iglésias e "Pro Catete Vou a Pé", de Paulo Magalhães.
Em 1950, apresenta "Nega Maluca", de Luiz Peixoto, Freire Junior e Walter Pinto;
"Catuca por Baixo", de Luiz Peixoto, Geisa Bôscoli e Freire Junior e "Quem Tá de Ronda
É São Borja", de Luiz Peixoto.
Em 1951, encena "Zum, Zum", e "Ó do Penacho !", de Renata Fronzi e César Ladeira.
Em 1952, encena "Miss Tarada", de Luiz Peixoto e Geisa Bôscoli e "Mulheres de Todo
Mundo", de Geisa Bôscoli. Neste mesmo ano se apresenta em Portugal e viaja a Paris.
Em 1953, se apresenta em "Túnica de Vênus", de Chianca de Garcia e "Paris 1900",
adaptação de "Ocupetoi d'Almélie de Feydeau".
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Em 1954, ingressa no teatro de comédia com a peça "Uma certa Viúva", adaptação de
"Jane", conto de Somerset Maugahan, por Miroel Silveira.
Em 1955, faz a comedia "Um Marido pelo Amor de Deus", de Luiz Verneuil.
Em 1956, faz "A Mulher de Barrabás", José Lopez Rublo; "Miloca Recebe aos Sábados",
de Clô Prado; "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho. Neste mesmo ano
trabalha no filme "Depois Eu Conto", de José Carlos Burle; encena "Escândalos
Romanos", de Raimundo Magalhães Junior e das Birutas que Eles Gostam Mais", de
Danilo Bastos.
Em 1957, encena "A Sempre Viúva", de Francisco Anísio e "Uma Certa Lucréia", filme
de Fernando de Barros. E neste mesmo ano apresenta-se na televisão em o Grande Teatro
Tupi, no Rio de Janeiro; e neste mesmo ano apresenta "Absolutamente Certo" de
Anselmo Duarte.
Em 1958, interpreta "A Grande Vedete", filme de Eurides Ramos; e "Vinde Ensaboar
nossos Pecados", de Nelson Rodrigues.
Em 1959, estreia "La Mama" de André Rousin; "Dona Violante Miranda", de Abilho
Pereira de Almeida; "Calaboca Etelvina" e "Mineirona Vem Aí", filmes de Eurides
Ramos.
Em 1960, atua no filme "Só naquela Base", de Ronaldo Lupo.
Em 1961, atua no filme "Com Minha Sogra em Paqueta", filme de Saul Lachtermacher.
Em 1962, separa-se oficialmente de Danilo Bastos e neste mesmo ano estreia
"Escândalos Romanos", de Raimundo Magalhães Junior.
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Em 1963, é contratada pela TV Excelsior de São Paulo, e participa do programa
Humorístico "Vovô Deville". "Senhora Presidenta", de Hannequim e Weber. "Siamo
Tutti Tarados", de Barllele e Gredy. Neste mesmo ano atua no filme "Sonhando Com
Milhões" de Eurides Ramos.
Em 1966, estreia a "Coco, My Darling", de Marcel Mithos. Neste mesmo ano inicia na
TV Globo o programa "Dercy Verdade", que manteve até 1969.
Em 1968, estreia a peça "A Virgem Psicodélica", de Leslie Stevens tradução de Edy
Maia.
Em 1969, atua na peça "A Viúva Recauchutada", de Jean Wall e Bergman.
Em 1970, encena a "Gatatarada", de Danilo Bastos e "Sepulcro para Casal", de A. C.
Carvalho. Em Dezembro deste mesmo ano viaja para Portugal e se apresenta com a peça
"Dama das Camélias".
Em 1971, participa do filme "Se meu Dólar Falasse", de Carlos Coimbra. Neste mesmo
ano estreia um monologo de sua autoria; "A Difa... Amada".
Em 1972, faz a peça "Os Marginalizados", de Abílio Pereira de Almeida.
Em 1973, reestreia "Os Marginalizados", com novo titulo "A Pomba Mecânica", que foi
alterado por causa da censura.
Em 1974, estreia "A Dama do Camarote", de Jan Hartog.
Em 1974/75, estreia "Tudo na Cama" adaptação de "O Leito Nupcial", de Jan Hartog.
Em 1977, participa na TV Globo do programa A Praça da Alegria.
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Em 1977/78, faz "Dercy Biônica ", de Leslie Stevens, novo título de "A Virgem
Psícodélica.
Em 1979, atua em "Dercy Beaucoup", de Carlos Alberto Soffredini.
Em 1980, em Janeiro, recebe o prêmio APCA (Associação Paulistana dos Críticos de
Arte). Neste mesmo ano, estreia na Bandeirante a novela "Cavalo Amarelo" e no
programa Canal Livre, cuja a fita é apreendida. Neste mesmo ano, também na Rede
Bandeirantes, atua na novela “Dulcineia Vai à Guerra”, de Jorge Andrade e Sérgio
Gockman.
Em 1981, participa na TVE, do Rio de Janeiro, do programa “Os Astros”.
Em 1982, atua em "Dercy Vem Aí", de Carlos Alberto Soffredini, Mário Wilson e Dercy
Gonçalves.
Em 1983, faz "Dercy de Cabo a Rabo", de sua autoria, neste mesmo ano estreia no filme
"O Menino do arco-íris", de Ricardo Bandeira. Neste mesmo ano, 30 de Dezembro, "Dia
de Dercy", homenagem recebida no Teatro Municipal do Rio.
Em 1984, estreia a peça de sua autoria: "Dercy de Peito Aberto".
Em 1985, recebe o troféu Mambembe, como melhor personagem de Teatro, seu primeiro
prêmio. Neste mesmo ano vai ao ar um especial sobre Dercy no Globo Repórter.
Em 1986, desfila no Carnaval em sua cidade natal - Santa Maria Madalena, na escola de
samba Unidos de Madalena, onde foi tema para a escola.
Em 1987, estreia com "Dercy 80 anos Adeus Amigos", de sua própria autoria.
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Em 1988, participa do programa "Cocó My Darling", na Tv Globo.
Em 1989, começa a participar do programa do Faustão, no quadro "O Jogo da Velha", e
faz A Grande Revista, sob a direção de Abelardo Figueiredo.
Em 1990, estréia em "Burlesque" de Helô Machado e Mário Wilson, onde canta “A
Malandrinha”. Neste mesmo ano, faz o especial na Globo, "Conduzindo Miss Dercy".
Em 1991, Dercy é tema da escola de samba Unidos do Viradouro, quando desfilou no
sambódromo, de seios à mostra. Neste mesmo ano, tem participação em "Que Rei sou Eu
?", novela de Cassiano Gabus Mendes, exibida pela TV Globo, e ainda neste mesmo ano,
estréia o espetáculo "Bravo, Bravíssimo" de sua autoria.
Em 1992, é patronesse da Universidade Gama Filho, neste mesmo ano, atua na novela
"Deus nos Acuda" de Silvio de Abreu, exibida pela TV Globo.
Em 1993, faz o filme "Oceano Atlantis" de Francisco de Paula.
Em1994, continuou suas atividades participando dos programas de televisão, novelas e
especiais.
Em 1995, estreia o show "Bravo Bravíssimo", nos teatros do Brasil inteiro, continuando
em 1996.
Em 1997 e 1998, apresenta o show "Dercy, uma lição de Vida", por todo o Brasil.
Ainda em 1998 é homenageada no programa Hebe Camargo na TVS e nos dias 20 a 23
de Junho, é homenageada em sua terra natal, Santa Maria Madalena..
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Em dezembro de 1998, participa de Exposição que conta a sua história, no Centro
Cultural Banco do Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.
Em 1999, participa do SBT Repórter, do especial “Em Nome do Amor” e do Programa
Domingão do Faustão, na Rede Globo.
Em 2000, faz o Programa “Fala Dercy” e ainda neste ano participa do lançamento do
livro “Série do Teatro Brasileiro” de autoria de Simon Khoury, onde fala sobre sua vida.
Ainda em 2000, com 93 anos de idade, posou como garota propaganda top model da Du
Loren.
Em 2001, inaugurou o Centro Cultural Dercy Gonçalves, na Casa Retiro dos Artistas, no
Rio de Janeiro e participou do especial “Retratos Brasileiros” – Canal Brasil.
Em 2002, lançamento do livro “Coleção Gente - Dercy Gonçalves” no Rio e Janeiro, São
Paulo e Belo Horizonte, pela UNESA.
Ainda em 2002 é homenageada em Brasília pelo Ministério da Cultura e pela Presidência
da República, pelos seus 95 anos de idade.
Em 2003, desfilou no sambódromo pela Escola de Samba Acadêmicos de Santa Cruz.
Em 2004, recebe uma homenagem especial no programa “Domingo Legal” do SBT e
desfila como destaque “Musa das Musas” pela Escola de Samba Salgueiro, no
sambódromo. Ainda em 2004, no dia 23 de junho, inaugurou seu “Monumento e Calçada
da Fama Dercy Gonçalves” em Santa Maria Madalena, sua cidade natal.
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Em 2005, homenageada com o Prêmio Tam de Cinema, na Marina da Glória, Rio de
Janeiro e ainda participou da Exposição, no Espaço Único em São Paulo, de telas à óleo
de grandes dimensões, pintadas pelo artista plástico Henrique Resende.
Em 2006, participou de Evento político em apoio ao Presidente “Lula”, no Canecão, no
Rio de Janeiro, e participou do filme “Minha Vida Não Cabe Dentro de um Opala”
Ainda neste ano Participou do Programa Especial do “Super-Pop” da rede TV!, em abril
do mesmo ano, inaugurou o teatro Dercy Gonçalves, no Grajaú Country Club, no Rio de
Janeiro, inaugurou o Espaço Cultural Dercy Gonçalves em Itaocara, ganhou um
programa especial na TV CULTURA “Dercy por Dercy e Por Alguns Amigos...”.
No dia 28 de abril, participou da inauguração da Sala de Cinema Dercy Gonçalves, em
Madalena, e no dia 04 de setembro deste mesmo ano recebeu o título de cidadã paulistana
da Câmara Municipal de São Paulo.
Em 2007, fez o lançamento do DVD “Dercy 100 Anos”, pelos estados brasileiros;
Também em 2007, Dercy voltou a participar do carnaval de Santa Maria Madalena,
desfilando como destaque em carro alegórico da Escola de Samba Mocidade
Independente do Itaporanga (Azul e Branco).
No dia 22 de junho, às 19 horas, na véspera do seu aniversário, participou da Sessão
Solene em sua homenagem, quando houve a entronização do seu quadro fotográfico na
Galeria de Honra da Câmara Municipal
No dia 23 de junho dia do seu centenário de vida Dercy foi alvo de muitas
homenagens na sua cidade natal Santa Maria Madalena: Às 06:00 h. - foi acordada ao
som de uma alvorada, pela Sociedade Musical Euterpe Madalenense; às 12:00 horas
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almoçou “feijoada” em sua casa, em companhia de familiares e amigos; às 15:00 horas
participou da inauguração do Portal dos 100, plantou uma muda de árvore “Pau Brasil”,
fez lançamento da Pedra fundamental do Centro Cultural Dercy Gonçalves e cantou
Parabéns Pra Você, na praça pública, ao lado de familiares, amigos e centenas de idosos
que chegaram em caravanas de grupos de 3ª idade, oriundos de diversas cidades do
Estado do Rio; às 18 horas participou da Missa em Ação de Graças, na Igreja Matriz de
Santa Maria Madalena; às 21 horas participou de grandiosa festa que contou com
quadrilhas juninas, shows, queima de fogos, bolo de aniversário, etc,
Em 2008, no dia 22 de março, esteve em Madalena para receber sua última grande
homenagem dos seus conterrâneos, quando às 10:00 h., participou da reinauguração do
Clube Montanhês e do descerramento da placa que denomina com o seu nome o palco do
referido clube.
No dia 20 de junho, de volta a Madalena, desta feita para participar da sua última festa de
aniversário na sua terra natal coisa que fazia desde os seus 84 anos - que nesse ano foi
comemorado nos dias 20 e 21 (sexta-feira e sábado). Nesse mesmo dia participou da
inauguração de escola e de quadra poliesportiva, na comunidade de Manoel de Moraes.
No dia 21 recebeu diversas homenagens, às 10 horas, participou da abertura de exposição
de quadros, às 12 horas almoçou com familiares e amigos, às 15 horas recebeu no Museu
Dercy Gonçalves atletas que percorreram a pé, quase duzentos quilômetros, entre
Cachoeiras de Macacu e Santa Maria Madalena; às 18 horas participou da Missa em
Ação de Graças na Igreja Matriz e às 20 horas, cantou Parabéns Pra Você, no coreto da
praça Frouthé (praça da matriz), local em que esteve por 17 anos consecutivos dos seus
84 aos 101 anos de vida participando da sua festa de aniversário.
Dia 23 (segunda-feira), Dercy passou o dia do seu aniversário no seu apartamento em
Capacabana, Rio de Janeiro.
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19 de julho/2008 às 16:45 h., o Brasil é surpreendido com a triste notícia da morte da
estrela maior dos seus palcos...
20 de julho às 10 horas início do velório no Salão Nobre da Assembléia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro;
21 de julho às 11 horas seu corpo deixa a ALERJ e é levado sobre um carro do Corpo
de Bombeiros para a sua cidade natal, onde chega às 16 horas, sob a escolta de 12
motoqueiros da Polícia Federal. Às 17 horas, no Clube Montanhês, tem início o velório
com visitação pública, que perdurou até às 11 horas do dia seguinte, 22, dia da Padroeira
da cidade Santa Maria Madalena, quando o cortejo ao som do toque fúnebre de um
ritmista da Escola de Samba Unidos do Viradouro, e acompanhado por mais de 5.000
pessoas, após passar na Igreja Matriz para a celebração da Missa de Corpo Presente foi
levado ao mausoléu que a atriz mandara construir no ano de 1991, bem na entrada do
cemitério público da cidade, onde às 13 horas, foi sepultado em posição vertical -
atendendo a um desejo da própria atriz, em cuja solenidade foi executado o Hino
Nacional Brasileiro executado pela Sociedade Musical Euterpe Madalenense, também
contou com a participação do cantor Pedro Garcia que cantou a música “Uma estrela que
brilha”, e ainda com a bateria da Escola de Samba Unidos do Viradouro, da cidade de
Niterói, que executou o samba “Bravo Bravíssimo, Dercy Gonçalves, o retrato de um
povo”, cujo enredo levou a sua historia ao sambódromo, no Rio de Janeiro, no dia 12 de
fevereiro de 1991. .
Pelos motivos expostos, estamos certos de podermos merecer o necessário apoio á
aprovação do presente projeto de lei
Sala das Sessões, 12 de novembro de 2018.
PLÍNIO COSTA LOPES
VEREADOR PSDB/ SECRETÁRIO