Informe sobre os riscos e cuidados com a gripe aviária.

Publicado em quarta, às 10h de 31 de maio de 2023 por Sec. Saúde.

A doença viral é altamente contagiosa e afeta aves domésticas e silvestres, podendo atingir também o homem. Na ocorrência de qualquer sinal ou sintoma, recomenda-se procurar a Vigilância Sanitária, VISA, do município.

A Influenza aviária é uma doença viral, causada pelo Vírus de Influenza Tipo A que nunca ocorreu no Brasil. Esse vírus é identificado por subtipos, e tem como base as proteínas de superfície, sendo 16 subtipos de hemaglutininas (H) e 9 subtipos de neuraminidases (N). De acordo com o índice de patogenicidade, são classificados como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP). Somente alguns subtipos H5 e H7 foram identificados como responsáveis pelas infecções de IAAP. São suscetíveis a doença a maioria das aves domésticas e silvestres, especialmente as aquáticas. É uma zoonose de grande interesse para a saúde pública, gera grandes impactos econômicos.

Transmissão:

A transmissão pode ocorrer por contato direto entre as aves (secreções nasais, oculares e fezes de aves infectadas) ou por contato indireto (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, insetos, roedores e outras pragas, cama, esterco e carcaças contaminadas). A maioria das aves silvestres, principalmente as aquáticas, patos e marrecos são reservatórios da doença, na maioria das vezes não adoecem, mas disseminam o vírus. Período de incubação: o período de incubação de IAAP depende da dose infectante, via de exposição, espécie afetada e capacidade de detecção de sinais, podendo variar algumas horas até 14 dias. A maioria das cepas de baixa patogenicidade causa manifestações brandas em humanos. Entretanto, foi identificado, desde 2013, que uma linhagem de baixa patogenicidade (H7N9) detectada na China causa casos severos em humanos.

Sinais Clínicos:

Os sinais e lesões podem ser bastante variáveis, dependendo da espécie susceptível, da cepa e patogenicidade do vírus, do estado imunitário das aves, da presença de infecções secundárias e das condições ambientais. Pode apresentar sinais respiratórios como: espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória geral. Podem mudar o comportamento, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, além de diarreia. Geralmente acomete muitas aves do plantel, podendo gerar alta mortalidade.

Prevenção:

  • Evite o contato direto das aves do plantel avícola com aves de vida livre;
  • Utilize medidas de higiene, limpeza e desinfecção no ambiente em que as aves vivem;
  • Realize o controle de pessoas e veículos que adentrem o ambiente.

No caso de criadores de aves silvestres:

  • Evite que visitantes manuseiem as aves de sua criação;
  • Procure manter as aves em locais protegidos;
  • Lave as mãos com água e sabão antes e depois de manusear as aves;
  • Higienize as instalações e equipamentos das aves.

Notificação:

O produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas aves. Dentre os indícios de infecção pelo vírus estão morte súbita, depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora.

Observando quaisquer desses sintomas, recomenda-se procurar a Vigilância Sanitária, VISA, no endereço: Rua Waldir da Costa Cabral, n° 59, Bairro Biquinha Santa (próximo a curva do S) ou pelo e-mail: visa@pmsmm.rj.gov.br.

NOTA TÉCNICA CONJUNTA SES/SEAPPA
PORTARIA MAPA Nº 572, DE 29 DE MARÇO DE 2023
PORTARIA MAPA Nº 587, DE 22 DE MAIO DE 2023

Assessoria de Imprensa/Comunicação - ASCOM PMSMM
Por Vanessa Gonçalves

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